quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Borda do espelho pt. 1



Autor: Guilherme M. R. Lopes.

Por quanto tempo eu tenho-me escondido, vivendo sempre nas sombras com medo de tudo e de todos? Mas por qual motivo eu tenho que sofrer assim todos os insanos dias da minha vida? Acho que sei, devem ter sido as escolhas. Mas como coisas tão fúteis me fazem desejar a morte com tanta força? Perguntas, perguntas e mais perguntas, mas nunca uma resposta. Bom se eu continuar sempre parado perguntando nunca vou conseguir caminhar até as respostas, mas olhar a lua daqui de cima é tão lindo. Vinicius ainda passou mais algum tempo olhando a lua, adorava fazer isso quando estava no topo dos prédios. Tinha a sensação que ela ficava maior e ainda mais brilhante. Ele se levantou, pensou um pouco, olhando para a cidade e por onde seus caminhos deveriam trilhar. Deu alguns passos para traz se afastando do parapeito em que estava sentado e quando achou que era o suficiente correu e pulou sobre o mesmo. Caiu sobre o teto de vidro levemente inclinado do ultimo andar e, cada vez mais rápido, escorregando e cada vez mais perto do final. Com sua apurada destreza e força, impulsionou seu corpo para frente já vendo o próximo terraço se aproximando. Uma brisa fria acariciava seu rosto, seus traços europeus eram óbvios e seu cabelo liso e negro era iluminado pela lua enquanto continuava com suas acrobacias, era alto e seu corpo forte. Na plenitude de seus 23 anos ele vivia pelos momentos e até aquela noite por perguntas que deveriam ser respondidas. Excelente, agora é só chegar um pouco mais perto e minha aterrissagem será leve e fácil A cada instante dessa nova vida ele se sentia mais feliz e com mais vontade de continuar vivo. Muito sofrimento mostrou para ele o quão bom é aquele momento, quando você se sente livre quase como se pudesse voar, e assim ele continuava suas caminhadas noturnas a procuras de respostas, sempre pelo ar, sempre livre. Há 5 anos ele conheceu uma pessoa que o libertou de suas limitações mentais e o mostrou esse novo mundo. O nome dela era Karina, uma praticante experiente de parkour (um esporte criado na França.) que mostrou para ele outras faces da vida não só aquela que de viver sempre fazendo as mesmas coisas sempre com planos para o futuro, sempre com planos que não dão certo. Ela ensinou a ele a arte do movimento e a arte da vida, como ela mesma se referia a o Parkour. "É uma corrida não só contra as barreiras físicas, mas mentais." E agora ele estava mais uma vez se sentindo vivo.

6 comentários:

  1. Guilherme, Parabéns cara! COntinue assim!! =)

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  2. "É uma corrida não só contra as barreiras físicas, mas mentais."
    Ficou muito bom Guilherme... Parabéns.

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  3. Muito obrigado D. Fico muito feliz de sabe q vc gosto, ou q isso possa te ajuda de qualquer maneira =D

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  4. Muito bem escrito! Parabéns, Guilherme

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  5. Nossa Gui ficou muito bom! Gostei, Parabéns! =D

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  6. comments, i love comments =D.
    Muito obrigado a todos =D

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